Casal é impedido de tomar segunda dose de vacina por usarem camisetas contra Bolsonaro

 

Um casal de professores foi impedido de tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em um quartel do Corpo de Bombeiros, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, enquanto vestissem camisas com manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro.

Os professores Luiz Carlos Gomes e a esposa dele, Dirlene Barros, ambos de 61 anos, foram abordados por um soldado ainda na fila. O militar disse que eles não poderiam receber o imunizante usando a blusa, por uma ordem do comando.

Luiz disse que os bombeiros estavam preocupados de sofrer algum tipo de retalização. Para serem vacinados, ele vestiu a camisa dele ao contrário e a esposa ficou com a outra blusa estava usando por baixo.

O professor também contou que, quando foram tomar a primeira dose no mesmo quartel, com blusas de protesto, não houve não nenhum tipo de abordagem. Luiz diz que sentiu que teve o direito de manifestação cerceado.

Pelas redes sociais, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Leonardo Monteiro, declarou que é a favor da liberdade de expressão e garantiu que foi um caso isolado. Uma sindicância vai ser aberta para apurar a situação.

O Corpo de Bombeiros também disse que não existe uma determinação oficial do comando da corporação que proíba este tipo de manifestação por parte de civis em nenhum dos quartéis que abriram as portas para a vacinação.

A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que repudia a atitude contra qualquer tipo de manifestação, desde que pacífica, no ato da vacinação. A secretaria também informou que os pontos de vacinação do Corpo de Bombeiros são de administração do Governo do Estado e que, até o momento, não há qualquer tipo de queixa ou registro de censura nas unidades municipais.

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