Candidato ao governo estadual de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) não conseguiu responder onde ele vota ao ser questionado hoje durante entrevista a uma afiliada da TV Globo, a Vanguarda, em São José dos Campos (SP). “Qual seu local de votação, por curiosidade?”, perguntou a apresentadora. “Ah, é um colégio”, disse o ex-ministro de Infraestrutura do governo Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição. A apresentadora reforçou a pergunta: “Sabe o bairro, só pra gente saber qual o colégio?”. Neste momento, Tarcísio levantou o ombro e a apresentadora complementou: “Fugiu à cabeça?”. E Tarcísio disse: “Fugiu à cabeça”.
Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o colégio eleitoral de Tarcísio fica na Escola Carlos Saloni, em São José dos Campos (SP), a três quilômetros da sede da emissora onde o ex-ministro deu a entrevista. Cerca de três horas depois da sabatina, o candidato admitiu que não lembrou o nome do local de votação. “Eu esqueci o nome da Escola”. Diante da repercussão do episódio a dez dias das eleições, a equipe do candidato apoiado por Bolsonaro tenta minimizar o efeito do lapso.
Já a do rival Rodrigo Garcia (PSDB) vê o fato com potencial de decidir quem avança para o segundo turno – o governador paulista e Tarcísio estão empatados tecnicamente na vice-liderança, de acordo com as pesquisas e brigam por uma vaga no segundo turno.
A pauta do domicílio eleitoral do ex-ministro marca a sua candidatura desde o início da campanha — quando foi alvo de críticas por participar das eleições sem conhecer São Paulo — ele é carioca e seu domicílio eleitoral era Brasília até setembro do ano passado. A questão chegou a ser judicializada, mas o Ministério Público Estadual arquivou o processo. Na semana passada, o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) aprovou o registro de candidatura, considerando que Tarcísio comprovou o domicílio com o contrato de locação, além de ter parentes que moram na cidade.
O entendimento dele foi apoiado por unanimidade. O PSOL, inclusive, fez um pedido de investigação sobre possíveis irregularidades no domicílio do ex-ministro. Mas o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) manteve o domicílio eleitoral do ex-ministro por decisão unânime.
Via Uol