Moradores do Parque Loja da China protestam em frente a base da PM

Na manhã desta terça-feira (28), os moradores do Parque Loja da China, em Campo Limpo Paulista, realizaram uma manifestação contra a ação de reintegração de posse.

Segundo informações, hoje está ocorrendo uma reunião para decidir o futuro das mais de 100 famílias que vivem na invasão.

Segundo levantamento feito pela empresa, hoje, morariam no local 183 famílias – dessas, 57 em moradias de alvenaria, 91 de madeira, nove estão em construção ou são apenas lotes e, as demais, construídas em madeira, lona e barro. Em 60 delas mora apenas uma pessoa que soube da área particular por conhecidos. Declaram-se moradoras de Campo Limpo Paulista 82 famílias, as demais vieram da região, São Paulo ou mesmo de outros Estados (como Bahia, Pernambuco e Paraná).

A Prefeitura apesar de não ter responsabilidade na ação – pois se trata de uma área particular – , tem buscado orientar os moradores que procuram a administração municipal. Também fez uma reunião prévia com a DGL, na qual a empresa informou  que colocará à disposição caminhões e galpão para guarda de móveis, para os que não tiverem outros meios para saírem do local. Entretanto, as famílias estão sendo orientadas a não aguardar pela próxima segunda-feira, buscando abrigo na casa de parentes ou outras moradias.

Apesar dos constantes avisos e das campanhas realizadas pela administração municipal para coibir invasões de terras particulares e lotes irregulares, muitas pessoas continuam acreditando em golpistas e investindo suas reservas em algo do qual não terão a propriedade.

Campanha de loteamentos

A Prefeitura deflagrou em janeiro deste ano, uma campanha publicitária por conta da venda de lotes irregulares. O alerta foi feito sobre os cuidados que devem ser tomados antes de se comprar um terreno, sendo imprescindível que a pessoa consulte antes o Departamento de Obras e Planejamento ou o Setor de Fiscalização. Isso é a garantia de que o investimento não seja gasto com falsos negociadores.

Diversas ações judiciais estão acontecendo com o objetivo de coibir essa prática, inclusive, alvo de investigação policial, como o loteamento do antigo Pesqueiro João Mineiro, na região do Marsola, que ganhou as manchetes dos principais veículos de informação da região. 

Entenda a ocupação

Em janeiro deste ano, quando teve início essa ocupação no Parque Loja da China, a Prefeitura notificou  e colocou faixas avisando sobre a irregularidade e chegou a demolir duas casas. Depois, o assentamento foi feito em massa e técnicos da administração municipal foram até ameaçados no local, por pessoas que estavam vendendo os lotes com a promessa de um processo de “usucapião”.

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