Apesar das frequentes divulgações explicando o modo de agir de golpistas que aplicam os mais variados crimes, incluindo o infame golpe do bilhete premiado, a Polícia Civil continua registrando boletins de ocorrência do tipo, sendo o mais recente um em que um idoso de 67 perdeu nada menos que R$ 75 mil em poucos minutos de conversa com dois estelionatários que agiram na região central de Jundiaí.
O próprio idoso procurou a polícia para relatar o ocorrido, dizendo ter transferido o montante que tinha em sua conta corrente para a conta de uma mulher indicada por um homem que se passou como ganhador de um prêmio da Mega-Sena de R$ 7 milhões.
Segundo ele, para cometer o crime, o golpista agiu com um comparsa. Ambos o abordaram na rua Marechal Deodoro da Fonseca informando que um deles estavam com um bilhete premiado de R$ 7 milhões. Disseram que, caso o idoso ajudasse a receber o prêmio, receberia R$ 3 milhões.
A contrapartida seria a transferência de algum valor do idoso para uma conta do desconhecido, “por garantia”. Mesmo sem fazer sentido o argumento (sempre o mesmo), foi atendido pelo idoso, que decidiu transferir R$ 75 mil que teria em sua conta para uma de uma pessoa da qual nunca ouvira falar.
E a decisão foi tomada após a dupla de golpistas ligar para um número que seria da Caixa Econômica Federal, responsável pelo sorteio e pagamento do prêmio, e o interlocutor garantir que o bilhete era verdadeiro, ou seja, outro desconhecido afirmando algo que seria confirmado caso o trio fosse até uma agência e conversasse com um gerente.
Banco
Outro detalhe que chama a atenção nesses golpes é a facilidade que clientes têm de fazer transferências por vezes numerosas para contas de terceiros. Por valores bem menores, bancos travam as transações e entram em contato com clientes, até mesmo em transferências feitas por pix, que devem ser imediatas.
No caso em que as vítimas autorizam as transferências, mesmo que ludibriadas, não há estorno do banco, devendo o correntista arcar com o prejuízo. Diferente do crime em que golpistas utilizam cartões clonados, por exemplo.
Via ImprensaPolicial