Durante a pandemia, Aparecida de Fátima Cândido Cardoso, de 58 anos, estava com receio de sair de casa por causa do coronavírus. No dia 25 de agosto, quando foi jogar o lixo, foi morta na calçada do imóvel após ser atropelada por um carro desgovernado, no bairro Vista Alegre, em Jundiaí (SP).
O Corpo de Bombeiros fez o resgate, mas ela não resistiu.
A filha de Aparecida, Priscila Oliveira, de 35 anos, operadora de empilhadeira, contou ao G1 que todos os dias o padrasto dela costuma jogar o lixo. Porém, no dia do atropelamento, ele esqueceu.
“O carro desceu com tudo e prensou ela na parede. Na hora não tinha ninguém da minha família lá. Cheguei no hospital e ela já tinha morrido. Nunca imaginei algo assim. Como a descida é muito pequena, não tinha como descer com aquela velocidade”, relata Priscila.
De acordo com a filha, Aparecida teve duas paradas cardíacas e morreu a caminho do hospital. Ela sofreu trauma torácico e abdominal. No local, não há câmeras que possam ter flagrado o acidente.
A filha relata ainda que durante a pandemia tinha parado com as visitas porque a mãe estava com medo, já que fazia parte do grupo de risco por ter diabetes e pressão alta.
“Ela cuidou muito bem da gente. Sempre foi uma boa mãe, trabalhou bastante. Faz dois anos que se aposentou. Meu pai se separou dela, abandonou a gente, mas ela sempre cuidou de nós. A gente só tinha ela. Era minha mãe”, comenta Priscila.
O caso está sendo investigado pelo 2° Distrito da Polícia Civil de Jundiaí. A Polícia Civil informou que será aberto um inquérito para investigação e será feito o recolhimento dos depoimentos. O laudo da perícia no veículo também apontará a causa.
Fonte: g1.com