Lutador preso suspeito de matar homem com ‘mata-leão’ é absolvido por falta de provas

O lutador de jiu-jitsu, de 28 anos, que foi preso suspeito de matar um homem com o golpe “mata-leão”, foi absolvido em 1ª instância por falta de provas. O caso ocorreu em outubro de 2021 no Jardim Santa Gertrudes, em Jundiaí (SP).

Na época, conforme o boletim de ocorrência, o suspeito relatou que era usuário de drogas e que, no dia do crime, teve um desentendimento com a vítima na casa dela, onde também estavam outras pessoas. A denúncia aponta que, em algum momento da briga, ele matou a vítima com um “mata-leão”.
Dener Zulato foi preso em flagrante após uma denúncia anônima informar à Polícia Militar a localização dele, e teve a prisão preventiva decretada. A vítima, Valdecir da Silva, de 43 anos, foi levada ao pronto-socorro, mas não resistiu aos ferimentos.
No entanto, segundo o advogado Tales Henrique Guimarães Vieira, foi verificado que não existiam provas que ligassem Dener Zulato ao crime. “Tinha o reconhecimento do irmão da vítima em sede de delegacia apenas. Contudo, em audiência, foi comprovado que a testemunha não visualizou os fatos, na verdade ninguém presenciou os fatos.”

A decisão pela absolvição é do último dia 7. A defesa contou que as testemunhas não souberam dizer quem chamou a polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) após o crime e que, quando a polícia chegou ao local, a vítima já havia sido retirada.

“Uma pessoa foi presa e permaneceu presa por um ano sem qualquer prova de que de fato teria sido ela”, afirmou o advogado Tales, que cuida da ação junto com a sócia Vanessa Cardoso.
Relação com a ex
A ex-esposa de Dener relatou à Polícia Civil que conviveu com o suspeito por quase oito anos e que os dois tiveram dois filhos. Eles se separaram depois que, segundo ela, ele começou a usar drogas e a “ficar violento”.
Ainda de acordo com o depoimento, a mulher tinha uma medida protetiva de urgência contra Dener, que foi concedida em 23 de setembro deste ano. O suspeito é lutador de jiu-jitsu há quase 10 anos e competiu em campeonatos.
Conforme o relato da ex-esposa, Dener foi até a casa dela depois do crime em outubro de 2021. Ela disse que ele estava nervoso e exigiu gritando para que ela abrisse a porta, além de ameaçá-la de morte.
A mulher também falou à Polícia Civil que, no dia, Dener pediu para se despedir dos filhos porque tinha feito “coisa errada”. Ainda segundo ela, o homem fugiu quando percebeu que ela estava chamando a polícia.

Via g1.com

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