Chefiados pelo Delegado Titular Dr. Marcel Fehr, Policiais Civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí, fecharam um desmanche clandestino, localizado no Jardim América, em Várzea Paulista.
Na tarde de segunda-feira feira, dia 04 de dezembro, os policiais realizaram uma operação contra o comércio ilícito de peças de veículos.
No local, a equipe avistou um homem manuseando peças e feita vistoria foi constatado que funcionava de fato um desmanche clandestino.
Uma grande quantidade de peças foi encontrada, sem qualquer comprovação de origem lícita.
Havia 7 veículos no local, assim como 50 módulos, 15 chaves, 5 placas, 7 blocos de motor, 14 câmbios, 10 virabrequim, 50 pistões, 20 hidrovácuo de freio, 15 alternadores, 10 latarias, 5 caixas com chicote, 10 volantes, ferramentas diversas, prensa, 2 compressores de ar, 1 furadeira de bancada e 5 caixas com peças variadas, além de 6 parafusadeiras, 1 furadeira, 1 esmirilhadeira e 1 serra.
Foram feitas pesquisas e constatado que nenhuma das peças é de carro produto de crime, e sim, pertenciam a automóveis que possuíam documentação atrasada, débitos excessivos e bloqueios administrativos, judiciais ou por sinistro.
Ou seja, seus proprietários, ao invés de regularizarem a situação do veículo, o que lhes traria despesas, preferiam vender ao comerciante para desmanche e posterior revenda das peças.
As investigações revelaram que o rapaz que lá se encontrava já tinha sido preso no mesmo local há alguns anos pelo crime de receptação, e que é enteado do proprietário do estabelecimento, esse com vários antecedentes por receptação, além de roubo.
Por isso mesmo, apesar de ter tentada a obtenção de autorização para funcionamento do desmanche, houve negativa por parte dos órgãos, inclusive com recentes autuações pela Cetesb e Fiscalização do Comércio.
Para desenvolvimento dessa atividade é necessária autorização do Detran, o que também não havia.
Importante destacar que o desmonte e revenda de peças tem que ser feito com a colocação de etiquetas de rastreabilidade em todos os itens, a fim de individualizar a origem lícita, o que não ocorria no caso em questão.
Também foi verificado que as peças eram lavadas em um tanque, cujos resíduos eram lançados no sistema de águas, poluindo o meio ambiente, pois a caixa de inspeção lá existente não operava adequadamente.
O imóvel era composto de quatro andares e havia um pequeno guindaste para içar peças do térreo para os pisos superiores.
O rapaz que se achava presente reside no local e foi preso em flagrante delito pelo Delegado Assistente da DIG, Dr. Roberto Souza Camargo Júnior, pela prática de crime contra a ordem tributária e econômica (art. 7º da Lei 8.137/90), crime contra o meio ambiente (art. 54 da Lei 9.605/98) e associação criminosa (art. 288 do Código Penal), sendo levado para o Centro de Triagem de Campo Limpo e beneficiado na manhã de hoje (05) com a liberdade provisória durante audiência de custódia.
Perícia técnica foi requisitada para o local. O dono do estabelecimento está sendo procurado e responderá pelos mesmos crimes.