Encontrar a escola ideal, seja ela a primeira na vida educacional da criança ou uma mudança de instituição, é algo de grande importância para o aluno e para a família. Uma série de fatores – geográficos, pedagógicos, tecnológicos e até religiosos – permeiam o momento de selecionar a instituição que vai fazer parte da vida dos pequenos.
Como no Brasil há quase 180 mil escolas de educação básica, segundo o Censo Escolar 2020, definir onde os filhos vão estudar não é uma tarefa tão fácil e, dentre tantas opções, o gestor Maurício Nielsen, da Escola Cristã Jundiaí (ECJ), pontua que essa busca deve começar pela avaliação dos valores e os princípios da instituição de ensino, que é a extensão de casa. “Avaliar se os conceitos estão alinhados com o que a família acredita é um passo importante para o sucesso do relacionamento com a escola e não deve ser desconsiderado”, afirma.
O método de ensino e o material didático são outros pontos relevantes diante da nova escolha. A família deve estar ciente de como será o processo de aprendizagem em cada faixa etária e a metodologia que será utilizada, pois, ainda segundo Nielsen, é indispensável que a família confie na escola. “Essa confiança é passada para o estudante e o ensino fica mais leve e divertido, atingindo seu objetivo de formar e informar”, comenta.
Para facilitar a escolha das famílias, o educador separou quatro aspectos importantes que devem ser avaliados antes de fechar a matrícula:
1. Valores e perspectivas
É muito importante que o colégio siga uma linha educacional parecida com a que os pais estimulam em casa. Assim, tanto os pais quanto a escola podem manter uma comunicação ativa durante o desenvolvimento da criança.
2. Qualidade pedagógica
A alta qualidade de ensino gera impactos na motivação e no engajamento dos alunos. Em uma escola que oferece um ensino de qualidade, as crianças recebem estímulos que contribuem para aumentar o interesse e o envolvimento delas no processo de aprendizagem. Assim, o aprendizado se torna agradável e os estudantes assimilam melhor os conteúdos.
3. Liderança e protagonismo
Um ponto cada vez mais imprescindível no momento de definição é avaliar se a escola oferece atividades voltadas ao cuidado emocional. Hoje já é consenso que o estímulo à temática ajuda os alunos a desenvolverem habilidades cognitivas e voltadas para uma formação de integração, relacionadas à empatia, foco e responsabilidade, capacidade de lidar com frustrações e liderança, habilidades essas tão importantes quanto aulas de Matemática, Português e Ciências, por exemplo.
4. Acolhimento e inclusão
Outro ponto primordial é avaliar se a instituição realmente valoriza e respeita a diversidade, proporcionando um ambiente acolhedor e inclusivo. É importante escolher um colégio que adote medidas para atender às necessidades dos estudantes, assegurando um espaço favorável ao desenvolvimento de todos, o que também favorece a formação integral dos alunos. Com o mundo complexo e desafiador que enfrentamos hoje, é imprescindível para as crianças estudar e pertencer a uma família integrada que orienta seus passos, incentiva seus projetos, estimula o seu crescimento, ajuda na superação de problemas e lembra da importância dos valores humanos em todas as fases da vida.
5. Localização e dependências
A escola deve oferecer um espaço físico adequado para a prática de atividades educacionais dinâmicas e interativas, como também devem contribuir para o bem-estar dos estudantes. Além disso, é importante ter em mente que é nesse espaço que o projeto pedagógico da instituição será colocado em prática. Com ambientes amplos e bem distribuídos, as crianças tendem a se sentir bem e mais seguras, independentemente da idade
Vale destacar que uma pesquisa recente do Departamento de Psicologia da Universidade de Chicago (EUA) revelou que alunos submetidos ao aprendizado de competências socioemocionais obtiveram uma melhora de 11% em suas notas escolares.