Na quinta-feira (23), uma mulher foi presa pela Polícia Militar em Jundiaí. Os policiais cumpriram um mandado de prisão expedido pela Justiça do Estado de Alagoas, pelo crime de tráfico de drogas.
A mulher ficou surpresa com a ordem judicial, afirmando nunca ter estado em Alagoas, tampouco se envolvido em qualquer atividade ilícita.
Em cumprimento ao mandado, ela foi detida e conduzida à Central de Flagrantes, sendo posteriormente encaminhada à Cadeia de Itupeva.
Segundo o advogado Marcelo Adriano de Oliveira Lopes, do escritório Detilio & Oliveira Lopes, trata-se de um erro judiciário.
“Não é ela (a criminosa). Trata-se de um erro judicial. Ela perdeu os documentos em 2010, em São Paulo, e fez um boletim de ocorrência na época. Desde então, teve problemas porque usaram seus dados para financiamentos e também recebeu multas. Inclusive, ela nunca esteve em Alagoas”, explicou o advogado.
A mulher passou por audiência de custódia nesta sexta-feira (24).
De acordo com o advogado, a decisão foi favorável:
“A audiência foi boa e, graças a Deus, ela deixará o cárcere ainda nesta tarde. Como a prisão era preventiva, a juíza converteu para domiciliar, o que permitirá que ela permaneça em casa, cuidando da filha de seis anos. Agora, já estamos habilitados nos autos do processo criminal de Alagoas para pedir a revogação definitiva da prisão. É uma vitória”, comemorou.
Conforme apurado pela reportagem, a verdadeira criminosa foi presa pela Justiça de Alagoas utilizando documentos falsos da moradora de Jundiaí.
Na época, a mulher detida em Alagoas ficou presa se passando pela jundiaiense até ser beneficiada pela saidinha temporária, da qual não retornou ao presídio.
Por conta disso, a Justiça alagoana expediu um novo mandado de prisão — que acabou sendo cumprido erroneamente contra a moradora de Jundiaí.
