O impacto foi devastador e provocou a morte de dois dos ocupantes do caminhão, que foram carbonizados pelo incêndio que se seguiu ao choque. O terceiro trabalhador sobreviveu, mas com ferimentos, sendo prontamente encaminhado para o hospital regional, onde segue internado.
O drama das famílias das vítimas não terminou com o resgate. Quase um mês após a tragédia, os familiares dos falecidos ainda não conseguiram sepultar seus entes queridos. Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Franco da Rocha, mas, devido ao estado de carbonização, foi necessária a transferência das amostras para o setor de DNA da Superintendência de Polícia Técnico-Científica para identificação. O IML informou que o processo de análise genética poderá levar de 30 a 60 dias.
A espera tem sido exaustiva e dolorosa para os familiares, que não só enfrentam o luto pela perda, mas também a angústia pela demora na liberação dos corpos, que impede a realização dos rituais de despedida e o encerramento adequado desse capítulo trágico. Além disso, o atraso na emissão dos atestados de óbito impossibilita que as famílias busquem direitos essenciais, como a pensão por morte.
“O que estão fazendo com as famílias é um desrespeito. Eles já perderam pessoas queridas de forma brutal e ainda são forçados a esperar por burocracia”, desabafou o advogado, que representa a esposa de uma das vítimas, que entrou em contato com o IML e recebeu a justificativa de que a carbonização dos corpos exige o exame de DNA. Contudo, a resposta de um período tão longo para a liberação gera ainda mais revolta e indignação entre os familiares.
Dr. Fernando Malta cogita impetrar Mandado de Segurança contra a Superintendência da Polícia Técnico- científica do Instituto Médico Legal para que o processo de identificação e liberação dos corpos seja acelerado, para que os familiares possam dar um fim digno a seus entes queridos e buscar a justiça e o apoio necessários para seguir em frente.