“Não foi o desfecho que gostaríamos, mas foi o desfecho possível. Ele teve acesso a informações externas, informações sobre a ex-mulher, o que fez com que ele ficasse ainda mais nervoso e ameaçasse diretamente a vida do menor”, informou a porta-voz da PM, major Layla Brunella.
A criança e Giovani Júnior, de 23 anos, amigo da família que também estava de refém na casa estão bem. O menor já teve contato com os pais e está tranquilo. “É muito pequena, não tem noção da gravidade do que está acontecendo”, disse a major.
“Mais de 13 horas de negociação, um autor irredutível, que ameaçava a vida do menor. Por isso, o uso da força letal foi necessária, com um profissional que tem a expertise para a ação”, disse a porta-voz da PM.
Cristiane Nogueira, tia de Giovani, ficou aliviada com o resgate do sobrinho, mas lamentou a forma como as coisas terminaram.
“A gente conhece a família dele, ficamos tristes com o final. Mas ainda bem que os dois estão bem. Estamos na porta aqui parado por mais de 16 horas. Nem pensamos direito, só queríamos que terminasse bem”.
A mãe de Giovani, Daniela Félix, também estava na porta da casa desde o início do cárcere privado, esperando notícias do filho.
“Que alívio ter acabado essa agonia. Estava aqui de pé desde as 19 horas de ontem, esperando notícia. Graças a Deus acabou. Não consegui nem dormir. Agora eu só quero abraçar o meu filho”.
Relembre o caso
Leandro Pereira não aceitava o fim do relacionamento com Andresa Wenia Pereira Mendes e fez o filho da ex-companheira, de 7 anos, e um amigo da família, de 23, de reféns desde às 18h de ontem. Eles estavam na casa da mãe da criança, no bairro Parque São Pedro, na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte.
O casal se separou há cerca de dois meses e são primos de primeiro grau. Andresa chegou a voltar para casa na noite de quarta e brigou com o ex-namorado, mas conseguiu fugir. Andressa se sentiu mal depois de sair da residência e precisou ser socorrida.
Segundo informações da porta-voz da Polícia Militar, Major Layla Brunnela, o humor de Leandro dificultou a negociação pela libertação dos reféns.
“Este trabalho é muito técnico e muito imprevisível. Dependemos muito do ânimo do autor”.
Leandro tem passagem pela polícia pelo homicídio de uma outra ex-companheira.
Fonte: Estado de Minas