Celular nas escolas traz benefícios?

Com o objetivo de melhorar a aprendizagem e a socialização das crianças e adolescentes, a deputada Marina Helou (Rede) protocolou, recentemente, um Projeto de Lei que proíbe o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos por alunos nas unidades escolares da rede pública e privada do estado de São Paulo.

O Projeto de Lei n° 293/2024 se baseia, entre outros dados, em um levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que aponta que alunos têm pontuações mais baixas no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) quando utilizam a internet por longos períodos.

Para ser aprovada, a proposta precisa de 48 votos favoráveis – a Alesp possui 94 deputados estaduais. Ainda não há previsão de quando o texto será votado em plenário, mas em algumas escolas públicas e privadas, o tema já foi definido.

Em Jundiaí (SP), a Escola Cristã está entre as entidades que acreditam nos benefícios da PL para os estudantes. “Há anos, já se fala sobre a relação entre a tecnologia e o comportamento humano, em especial entre crianças e adolescentes, que ainda não desenvolveram todo o sistema de autocontrole. Por isso, ainda priorizamos o aprendizado com o uso de jogos e materiais lúdicos, respeitando o ritmo de cada aluno”, explica o diretor Mauricio Nielsen.

Mas segundo o educador, o intuito da regulação dos aparelhos na escola visa a permitir uma maior integração social dos alunos e evitar distrações que venham a prejudicar o rendimento no aprendizado. “Além disso, embora a internet seja essencial, existem diversos sites e conteúdos que podem prejudicar a autoestima, causar traumas, expor as situações violentas e até mesmo colocar em risco a vida das crianças, e precisamos voltar nossa atenção a isso”, complementa.

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