Nesta semana, comerciantes da Avenida Mitiharu Tanaka, no bairro Vila São José, em Campo Limpo Paulista, procuraram a reportagem para relatar prejuízos causados pelas ações da prefeitura contra o chamado “pancadão”.
Segundo eles, as medidas, embora necessárias para conter os eventos, vêm enfraquecendo o comércio local e obrigando alguns estabelecimentos a fecharem as portas.
“Também somos contra o pancadão. Não gostamos de som alto e muito menos de bagunça, porém queremos ter o direito de trabalhar até o horário determinado pelo alvará”, afirmou um comerciante que preferiu não se identificar por medo de retaliações.
De acordo com os relatos, a prefeitura tem realizado diversas operações para coibir o pancadão. No entanto, além de dispersar os eventos, os comerciantes também são obrigados a encerrar suas atividades mais cedo. Eles pedem que as fiscalizações sejam direcionadas a veículos com som alto, obstrução de vias e outras situações que favoreçam a realização do pancadão, sem afetar quem atua de forma regular.
“Neste ano, já tive que demitir três funcionários. São três famílias que perderam o sustento. Quem vai colocar comida na mesa deles?”, desabafou outro comerciante.