Considero-me uma pessoa muito abençoada, e até privilegiada, em certos aspectos. Sou Ana Amália Lanzoni Bretas Garcia e nasci em uma família de imigrantes italianos e, desde cedo, aprendi e adquiri com meus avós e pais o espírito de perseverança e determinação deles, valores, aliás, que são tão genuínos das mulheres. Pena que muitas delas nem se reconhecem assim e por isso, às vezes, precisamos lembrá-las do quanto são fortes.
Ah mulher, você consegue ser mãe, filha e profissional ao mesmo tempo e dá conta de tudo. Você consegue aconselhar uma amiga, mesmo que não concorde totalmente com ela. Você se depila, se maquia e anda no salto o dia inteiro, e sorri, mesmo que por dentro esteja chorando. Então, porque ainda aceita tão pouco do mundo?
Trabalhando na área do direito, principalmente, buscando recursos da iniciativa privada e encaminhando-o para a filantropia, vivo todos os dias situações em que desconfiam de minha qualidade profissional, seja numa pergunta simples como, “mas você tem certeza do que está fazendo”? ou até em afirmações do tipo “se você estiver comigo, aí sim vai ter sucesso”.
O que eu faço com essas depreciações disfarçadas de conselho? Transformo-as em combustíveis para alçar voos ainda mais ambiciosos, seja pessoal ou profissionalmente. E é com muita satisfação e compromisso que encaro no momento minha atual pré-candidatura à vereança da cidade. No mínimo, vou levantar outras mulheres comigo! Vamos, juntas?
Se por meio do direito, que é minha especialidade, já consigo ajudar tanto a população, imagine como vereadora da cidade!
Ao comparar o cenário ‘mulher profissional’ com o ‘mulher política’, constatamos ainda outra realidade bizarra. Somos 52% do eleitorado, mas só 11% dos eleitos. Muitos gostam de justificar a estatística amargando que “mulher não vota em mulher”, quase carimbando em nós uma competição mesquinha que desqualifica o que é tão maravilhoso no ser mulher: a ajuda mútua e a empatia.
Pare um pouco para pensar, quem são as pessoas que mais fazem trabalhos voluntários? Que criam ONGs? Que cuidam dos filhos umas das outras? Ou que abdicam da vaidade, do sono e da carreira para cuidar dos que amam? Na maioria, são mulheres!
Na política também é assim, acredito que a mulher é parceira do homem, é capaz, inteligente, dedicada e sua contribuição para a construção do bem comum, de dentro de onde se tomam as decisões, é necessária e urgente!
Sendo tão genuinamente solidária, convido as mulheres a serem assim também ao considerar uma mulher na hora do seu voto. Certamente, esta que se dispõe a concorrer um cargo público já irá abrir caminhos e levantar mais mulheres, como historicamente sempre foi feito por nós!
● Dra Ana Bretas, advogada, pré-candidata a Vereadora em jundiai.
● www.dra-anabretas.com.br