Em dois dias, Mata Ciliar recebe dois animais que ficaram presos em armadilhas para ratos

 

Em nosso cotidiano, muitos animais são atraídos por ‘alimentos fáceis’ deixados pela irresponsabilidade humana, como o descarte irregular de lixo, e acabam sendo taxados como ‘pragas’, fazendo com que as pessoas adotem medidas para afastar ou exterminar essas espécies, como o uso de armadilhas, que prejudicam toda a biodiversidade local. Em dois dias, por exemplo, o Cras da Mata Ciliar recebeu dois animais que arriscaram suas vidas e ficaram presos em armadilhas de cola para ratos.

Na quarta-feira (8), um munícipe de Jundiaí trouxe um gavião-carijó, depois de encontrá-lo preso na armadilha, com o corpo repleto de cola e sem conseguir realizar suas atividades naturais, como voar. Já na quinta (9), uma maritaca foi resgatada em Bragança Paulista, que também estava com o corpo comprometido por cola de armadilha.

“O carijó tinha cola por todo o corpo, sem conseguir ficar em pé ou abrir as asas, então, foi iniciado um tratamento de limpeza, com várias sessões. Atualmente, em que estamos no final do processo e o animal não apresenta alterações clínicas ou comportamentais, ele logo será encaminhado para a reabilitação. Na maritaca também foi feito o procedimento de limpeza, porém, ela havia chegado com as penas arrancadas, ou seja, a cola presa nas penas fez com que o animal se estressasse e fizesse essa automutilação para tentar aliviar, causando uma inflamação na pele. Então, além da limpeza, estamos aplicando um tratamento com medicação também”, pontua Júlia Freitas, médica veterinária da Mata Ciliar.

Os municípios de Jundiaí e Bragança Paulista possuem parceria com a Mata Ciliar, que contribuem para o recebimento e reabilitação de animais silvestres.

MATA CILIAR

A Associação Mata Ciliar (AMC) é uma entidade sem fins lucrativos declarada de Utilidade Pública Federal e que desde 1987 desenvolve diversas ações para a conservação da biodiversidade.

Durante esse período foram diversos desafios enfrentados e conquistas alcançadas sempre em parceria com instituições privadas, poder público e com a sociedade.

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