Algumas dessas vítimas que sobreviveram foram socorridas por pessoas que estavam em outras embarcações, dentre elas, a auxiliar de enfermagem, que relatou o desespero de quem viveu a tragédia de muito perto. “Chegamos no momento do acidente. Muita gente ferida, várias crianças para socorrer. Muito triste! Teve uma que eu socorri, que falava: Tia vamos comigo, não me deixa sozinho.” Disse emocionada. “Socorremos do ponto do acidente até um bar flutuante para aguardar o resgate. Na verdade foram umas cinco vítimas. O grande problema foi a falta de equipamentos para primeiros socorros, não tinha praticamente nada, nem nas lanchas, nem nos piers. Mas, o importante é que conseguimos aliviar a dor e a tensão das pessoas ao redor, pois elas viam o sangue das vítimas, muitos com pequenos ferimentos, mas que sangravam muito, e se desesperavam. Acho que esse apoio foi tão importante quanto nossas ações para imobilizar e estancar os sangramentos.” Completou.
Autoridades locais estimam que entre 70 e 100 pessoas estavam no local. Foram 27 vítimas atendidas e liberadas nos hospitais da região, outras quatro continuam internadas, a maioria com muitos traumas e fraturas expostas. Mas, infelizmente, sete vítimas fatais já foram identificadas, e outras três ainda estão desaparecidas. As buscas pelas três vítimas ainda desaparecidas, que foram interrompidas durante a noite, devem continuar pela manhã.