Fala sobre criminoso com fuzil faz internet reviver cena clássica do filme Rambo

A cientista política e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Jacqueline Muniz, voltou a ser alvo de debates nas redes sociais após uma declaração polêmica sobre o uso de fuzis por criminosos.

Em entrevista, a pesquisadora afirmou que o armamento “tem baixo rendimento criminal” e que, durante um confronto, um criminoso portando um fuzil “pode ser facilmente neutralizado até por uma pedra na cabeça”.

“Enquanto ele tenta levantar o fuzil e colocar para atirar, alguém joga uma pedra e já derrubou o sujeito”, disse Muniz.

O trecho da fala viralizou após ser compartilhado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), em meio às discussões sobre letalidade policial e o uso de armamento pesado em comunidades do Rio de Janeiro.

“Criminoso com fuzil pode ser neutralizado por uma pedra”, diz professora da UFF

Especialistas contestam a fala

Nossa equipe ouviu especialistas em segurança pública — incluindo ex-policiais com experiência em operações —, e todos discordaram da avaliação da professora.

Segundo eles, um criminoso armado com fuzil representa uma das maiores ameaças em situações de confronto, exigindo preparo técnico e treinamento específico por parte das forças de segurança.

“O fuzil é uma arma de alto poder bélico. No Rio, é símbolo de ostentação de traficantes; em São Paulo, costuma ser usado em roubos a bancos, principalmente nas ações de quadrilhas conhecidas como ‘novo cangaço’”, destacou um dos especialistas ouvidos.

Redes sociais comparam fala à cena de Rambo

A declaração de Muniz rapidamente gerou memes e ironias nas redes sociais. Muitos internautas associaram suas palavras a uma cena clássica do filme Rambo: Programado para Matar, em que o personagem John Rambo joga uma pedra em um helicóptero, derrubando um policial armado que tentava atingi-lo.

A comparação tomou conta das redes, com diversos usuários compartilhando trechos do filme.

Apoio e críticas

Enquanto parte do público criticou duramente a declaração, lideranças de esquerda e colegas acadêmicos saíram em defesa de Jacqueline Muniz, ressaltando sua trajetória na área de segurança pública e denunciando ataques pessoais sofridos pela professora em suas redes sociais.

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