Responsável por todo o processo, desde o contato e suporte familiar até o acompanhamento do procedimento, a Comissão Intra Hospitalar de Transplantes do HSV é composta por profissionais do serviço social, fisioterapeutas, psicólogos, equipe médica e de enfermagem, entre outros departamentos importantes para a efetivação da captação. O grupo também auxilia para que o órgão chegue em tempo hábil e em condições perfeitas para o transplante.
Isabel dos Anjos de Morais, esposa do doador, compartilha que Sebastião foi um bom esposo, um homem muito bondoso e de grande coração. Sempre cuidou muito da família e sentia prazer em ajudar. “Ele doava tudo de si para acolher e ajudar as pessoas e ainda em vida deixou muito claro para nós que esse era seu desejo, mesmo após a sua morte, ou seja, com o ato da doação de órgãos. Para ele, essa atitude poderia beneficiar muitas pessoas que dependem de um transplante e esperam por anos esse momento”, declara.
“Eu, minhas filhas e toda a família ficamos orgulhosos com a decisão que ele teve. Será algo para sempre nos lembrarmos e mantermos vivos em nossos corações o verdadeiro significado de amor e bondade. Apesar de ser um momento delicado e difícil para nós, buscamos manter a nossa paz de que cumprimos com o desejo dele”, finaliza a esposa emocionada.
Setembro é um mês dedicado à doação de órgãos e a conscientização da população sobre a importância da doação. Desta forma, a enfermeira coordenadora da CIHT, Thaís Fernanda da Rocha Santos, destaca a importância do diálogo entre a família e amigos sobre o assunto. “Ainda que a pessoa manifeste em vida sua vontade de ser doador, a decisão final é da família e por isso é preciso expor esse desejo. Conversar sobre o tema faz com que no momento delicado como o óbito, a decisão familiar se torne mais fácil com base na vontade do paciente. É muito importante que todos conversem sobre isso, exponham suas opiniões e busquem compreender que a doação é um ato de amor, uma atitude de doar vida ao próximo”.