Ladrão de 46 anos é preso pela 57º vez em Jundiaí

Até que ponto a lei criminal brasileira serve para retirar das ruas, de forma efetiva, condenados que insistem em reincidir no crime, ou reeducá-los para que se tornem preparados para o convívio social, sem colocar em risco a vida ou o patrimônio de terceiros?
Para muitos, a norma penal é branda pra determinados delitos e severa para outros.

Porém, não pune com rigor necessário, assim como as cadeias brasileiras não recuperam nem mesmo aqueles que têm de passar anos trancafiados, sendo, na maioria das vezes, fonte de aliciamento para fortalecer facções criminosas que agem dentro e fora dos presídios.

A descrença na lei como medida socieoeducativa e punitiva é reforçada quando casos como o que ocorreram nesta quarta-feira (1) em Jundiaí vêm à tona, como um tapa na cara de todos que vivem seu dia a dia respeitando as determinações legais.
Pela 57º vez, um homem de 46 anos foi preso após ser flagrado desmontando um veículo furtado em uma estrada de terra no Distrito Industrial, com acesso à rua Wilhelm Winter.

O veículo, uma Fiat Strada novinha, ano 2022, já estava sem as rodas e forros da porta quando policiais militares do 11º Batalhão do Interior flagraram o criminoso, que decidiu não se entregar e fugiu para uma área de mata, por onde não conseguiu ir muito longe.

Nem mesmo queixa de furto sobre o veículo havia sido feita à polícia, tamanha a rapidez do criminoso para furtar e desmontar as peças, que teriam como destino provavelmente desmanches clandestinos ou que adquirem material de origem duvidosa.

A velocidade com que furtou o carro é a mesma que o criminoso teve para entrar e sair das cadeias nas 56 vezes em que foi preso em flagrante, em sua maioria, por furtos.

E mais uma vez foi autuado em flagrante para aguardar audiência de custódia, num prazo de até 24 horas. Na audiência, poderá ser colocado nas ruas e tentar, talvez, chegar às 60 passagens policiais ainda neste ano.

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