“Príncipe encantado” aplica golpe de R$ 50 mil

DONA DE CASA ENGANADA
Príncipe encantado se torna sapo e causa prejuízo de R$ 50 mil

A ingenuidade de uma dona de casa de 56 anos, da Vila Rami, em Jundiaí, fez com que a mulher tivesse um prejuízo de quase R$ 50 mil em poucas horas. Ela perdeu o dinheiro ao transferi-lo para a conta de estelionatários, que a enganaram com uma história difícil de acreditar.

O golpe teve início há algumas semanas, com uma pessoa se passando por um homem residente dos Estados Unidos. O que começou com uma conversa amigável se transformou em um namoro à distância. Pelo menos para a jundiaiense, que garantiu ter se sentido “envolvida” com a situação.

O romance tomou contornos ainda mais interessantes para mulher quando um presentão lhe foi prometido. De acordo com o companheiro distante, um carro novinho em folha estava a caminho de Jundiaí. Chegaria dos Estados Unidos de avião e seria entregue diretamente na casa da namorada recente.
Ao contrário de desconfiar da situação, principalmente pelo fato de o transporte ser feito em uma aeronave – além da conhecida burocracia necessária para a liberação do automóvel -, a possibilidade empolgou a mulher.

Mas tudo fazia parte de uma história criada para “envolver” ainda mais a enganada, que recebeu um telefonema que a colocou – pelo menos para ela – ainda mais perto do carro novinho fabricado na América do Norte.
Tratava-se a interlocutora de uma “funcionária” da alfândega que solicitava o pagamento de uma taxa de R$ 7,5 mil para a liberação do zero quilômetro, recém-chegado em terras brasileiras.

A moradora de Jundiaí não pensou duas vezes e transferiu suas economias a uma conta passada pela golpista. Não se ateve que se tratava de uma conta de pessoa física – nada indicava se tratar de uma transação com o Governo – e aguardou a chegada do presente do generoso namorado de algumas semanas.

Não demorou para que a mesma funcionária entrasse em contato para informar um erro que atribuiu à jundiaiense. O valor da transferência seria em dólar, e não em Real, e uma diferença de R$ 41 mil precisaria ser paga para a liberação do veículo.

Sem ter esse montante, a mulher recorreu a um parente, desesperada com a possibilidade de não receber o carro novo. Conseguiu que ele emprestasse o dinheiro e o transferiu para uma nova conta indicada pela golpista.
Com quase R$ 50 mil conseguidos da moradora da Vila Rami, os criminosos tentaram uma última tacada. Desta vez, a funcionária da alfândega alegara que o automóvel ficaria retido por ter em seu interior uma maleta cheia de dólares e ouro.
Toda a riqueza – junto com um carro novinho em folha – poderia ser liberada, mas tinha um preço. Mais R$ 250 mil. Sem ter de onde tirar o valor, a vítima informou que não o possuía. Foi ofendida pela interlocutora e, só após pensar um pouco, juntou as peças para descobrir que havia sido completamente enganada.

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