A desorganização nas cadeias de produção em escala global gerada pela pandemia da Covid-19 criou um verdadeiro “apagão” de modelos novos nas concessionárias brasileiras.
Na outra ponta, a demanda de clientes se manteve aquecida durante a crise sanitária, e, diante da falta de carros 0 km, os consumidores se voltaram para o mercado de usados e seminovos.
Esse movimento fez com que o preço de veículos usados disparasse 34% em 2021, um avanço sem precedentes, de acordo com o levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), responsável pela elaboração da famosa tabela usada como referência na negociação de carros no país. Em comparação, no ano anterior a alta foi de 5,8%. “É um crescimento completamente fora do padrão. Desde a criação do Plano Real [em 1994], a tendência é um crescimento abaixo da inflação”, afirma Guilherme Moreira, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe.
E os sinais não apontam para a reversão deste quadro em breve, ao menos não em 2022.
Via jovem pan