Baixa umidade do ar exige atenção com a saúde respiratória
Pneumologista do HSV orienta sobre cuidados simples que podem evitar complicações
Com a chegada do período mais seco do ano, a população precisa redobrar os cuidados com a saúde. A baixa umidade relativa do ar, comum nos meses de inverno e estiagem, favorece o agravamento de doenças respiratórias e exige atenção especial, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com histórico de alergias ou doenças pulmonares.
De acordo com o Dr. Eduardo Leme, pneumologista do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), a baixa umidade resseca as vias aéreas, tornando o organismo mais vulnerável a infecções. “Com o ar seco, há uma redução da lubrificação natural do nariz e da garganta, o que pode provocar irritações, tosses e até crises de asma ou bronquite em pessoas suscetíveis”, explica.
Cuidados importantes
Para evitar complicações, o especialista recomenda medidas simples, mas eficazes:
- Hidratação constante: beber bastante água ao longo do dia ajuda a manter as mucosas hidratadas e a reforçar a defesa natural do corpo.
- Uso de umidificadores ou bacias com água: esses recursos ajudam a melhorar a qualidade do ar em ambientes fechados, especialmente durante a noite.
- Evitar locais com ar-condicionado por tempo prolongado: o uso contínuo desses aparelhos pode acentuar o ressecamento do ar.
- Higienizar regularmente os ambientes: manter a casa limpa e livre de poeira reduz o risco de crises alérgicas.
- Inalações com soro fisiológico: podem ser recomendadas para aliviar sintomas e facilitar a respiração.
Atenção aos sinais
Segundo o Dr. Eduardo, é importante ficar atento aos sinais do corpo. “Irritação nos olhos, sangramento nasal, dor de garganta e dificuldade para respirar são sintomas comuns nesse período. Se forem persistentes ou se houver agravamento de doenças preexistentes, é fundamental procurar orientação médica”, alerta.