Comerciante é preso sob acusação de estuprar criança de 9 anos
Um comerciante de 41 anos foi preso na noite de quarta-feira (14) acusado de abusar sexualmente de uma menina de apenas 9 anos, enquanto fazia um serviço na casa da mãe da criança, no Jardim das Tulipas, em Jundiaí.
Ele é proprietário de uma empresa de instalação e manutenção de eletrodomésticos e eletrônicos no mesmo bairro e foi denunciado à Polícia Militar após a mãe ouvir da própria filha o que teria ocorrido durante conserto na máquina de lava roupas para o qual foi chamado.
A detenção foi feita no estabelecimento do acusado, que foi colocado em uma viatura e levado ao Plantão Policial para prestar depoimento. Ele acabou autuado em flagrante por estupro de vulnerável. O crime tem pena de até 15 anos de reclusão.
A mãe da menina deu sua versão à polícia, dizendo que estava fora de casa no momento em que o comerciante foi ao local para consertar o eletrodoméstico.
Informou que o acusado já era um conhecido seu e que precisou sair para buscar seu cartão do Bilhete Único, razão pela qual deixou a filha em casa com a mais velha, que estava dormindo.
A mulher informou que, antes de sair de casa, pediu para a menina acordar a irmã, o que foi confirmado pela criança. A filha, no entanto, não teria feito o que a mãe pediu e permaneceu sem vigilância durante o conserto da máquina de lavar.
Ainda de acordo com o depoimento da mãe, o acusado esteve em sua casa durante a manhã. À tarde, sua filha se aproximou e disse que precisava contar “uma coisa muito séria” e revelou o abuso que sofreu do comerciante.
A mulher afirmou que foi até o comércio do acusado neste momento, mas ele negou o crime, dizendo que apenas abraçou a criança, como faz sempre com “todas as crianças da rua”.
Abuso sexual
A menina também foi ouvida pela Polícia Civil e confirmou o que havia dito para mãe. Disse que não acordou a irmã e que, ao ir embora, o acusado a abraçou, detalhe que ela achou normal a princípio.
Porém, informou que o adulto continuou a abraçá-la, sem querer largar, e que começou a passar a mão pelo seu corpo, até chegar às partes íntimas, por cima da calcinha.
Em seguida, colocou as mãos por dentro da peça de roupa e depois acariciou seus seios. Ela deu ainda outros detalhes do abuso, garantindo o policial que ouviu o relato que, em nenhum momento, a criança, apesar da pouca idade, se contradisse.
A menina também afirmou que, após o abuso, foi a um parquinho e contou a dois amigos mais velhos, que pediram que ela revelasse tudo para a sua mãe.
Crime inafiançável
Após ouvir os relatos, a Polícia Civil decidiu autuar em flagrante o comerciante por estupro de vulnerável. O crime é previsto pelo artigo 217-A do Código Penal e tem pena que varia de 8 a 15 anos de reclusão ao autor de “conjunção carnal” ou prática de “outro ato libidinoso com menor de 14 anos”. O delito também é inafiançável.
Via Impressa Policial