Consumo de maconha na adolescência pode causar infertilidade na fase adulta.

 

Há 40 anos observa-se uma diminuição progressiva da qualidade do sêmen da população masculina, um quadro com origens multifatoriais que pode ser agravado pelo uso da maconha. As toxinas presentes na droga, uma das mais consumidas no Brasil e no mundo, são tema de um estudo desenvolvido na USP que investiga as principais causas do desequilíbrio hormonal que afeta a fertilidade do homem.

Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, o professor Jorge Hallak, do Departamento de Patologia da FMUSP (Faculdade de Medicina da USP) e do Grupo de Estudo em Saúde Masculina do IEA (Instituto de Estudos Avançados) da USP; e Thiago Afonso Teixeira, doutor em Urologia pela FMUSP e membro do mesmo grupo de estudos; enfatizam os efeitos tóxicos da maconha na saúde reprodutiva masculina e divulgam outros fatores de risco complementares à situação

Hallak conta que há uma “sopa de ingredientes que têm feito os homens tornarem-se menos férteis”, entre eles, o meio ambiente, a poluição atmosférica, estilo de vida, uso de medicamentos e, em um nível crescente na última década, o uso da maconha. O estudo realizado pela FMUSP avaliou, de forma retrospectiva, os múltiplos hábitos de 153 homens que poderiam influenciar em seu perfil fértil. “Dentre os avaliados, todos eram inférteis, ou seja, depois de um ano de tentativa com sua parceira não conseguiram obter de forma satisfatória a gravidez”, indica Thiago Teixeira, autor da tese.

Os resultados auxiliaram o urologista a concluir que o consumo de álcool, cigarros de tabaco e o nível de sedentarismo também influenciam na saúde testicular, embora a maconha seja o fator de maior impacto negativo.

Via Uol Notícias

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