
Um homem foi preso em flagrante na tarde do último sábado (28) após um grave caso de violência doméstica registrado na Vila Rami, em Jundiaí. A ocorrência foi atendida pela Polícia Civil e enquadrada nos crimes de ameaça e lesão corporal, previstos no Código Penal.
Segundo o boletim de ocorrência, os fatos aconteceram por volta das 16h45, no interior de uma residência onde o casal vivia junto com duas crianças, filhas da vítima, de aproximadamente oito anos de idade. A Polícia Militar foi acionada para atender a denúncia de agressões no local.
As apurações indicam que o episódio teve início por motivos considerados fúteis, relacionados a ciúmes excessivos por parte do agressor. No dia anterior, a vítima havia comunicado que não suportava mais as atitudes abusivas e agressivas do companheiro e manifestou a intenção de encerrar o relacionamento, o que teria provocado forte revolta.
No dia dos fatos, enquanto a mulher dormia, o agressor, visivelmente alterado e, segundo ele próprio, sob efeito de drogas, entrou no quarto e desferiu um tapa em seu rosto, acordando-a de forma brusca e violenta. Assustada, a vítima deixou o quarto e foi para a sala, onde se sentou no sofá ao lado das duas filhas.
Ainda em estado de extrema agressividade, o homem passou a proferir xingamentos e ofensas contra a mulher, utilizando palavras de baixo calão na presença das crianças. A discussão rapidamente evoluiu para agressões físicas, quando ele desferiu socos na região das costelas da vítima e um chute, causando lesões. As crianças presenciaram toda a cena, choraram e chegaram a implorar para que o padrasto parasse de agredir a mãe, pedidos que foram ignorados.
Em desespero, a vítima conseguiu levar as filhas para um dos quartos e se trancou com elas. O agressor, então, passou a ameaçar arrombar a porta caso não fosse aberta. Temendo que ele cumprisse a ameaça e colocasse as crianças em risco, a mulher acabou abrindo o quarto.
Na sequência, o homem passou a fazer ameaças graves contra a vida da vítima, afirmando que não aceitaria o fim do relacionamento e que preferia vê-la morta a separada. As ameaças foram consideradas sérias e capazes de causar temor real, caracterizando o crime de ameaça.
A vítima relatou ainda possuir mensagens e áudios com ameaças recorrentes, incluindo promessas de agressão e morte. Segundo ela, as violências físicas, verbais e psicológicas eram constantes durante o relacionamento, mas nunca haviam sido denunciadas por medo. A presença das crianças durante as agressões foi decisiva para que ela acionasse a polícia.
O agressor foi detido em flagrante, conduzido à delegacia de plantão e permanece à disposição da Justiça. O caso segue sob investigação.
