O governo de São Paulo disse nesta segunda-feira (7) que o plano de vacinação com a CoronaVac começa no dia 25 de janeiro. O primeiro grupo a receber a vacina contra o coronavírus engloba profissionais de saúde, indígenas e quilombolas de todo o estado.
Produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, a vacina ainda está na terceira fase de teste, em que a eficácia precisa ser comprovada antes de ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo o anúncio, cada indivíduo receberá duas doses. O cronograma foi dividido em cinco fases e inclui a população com 60 anos ou mais.
Idosos com mais de 75 anos também fazem parte do grupo prioritário, e serão o segundo grupo a receber a vacina. A primeira dose, para essa população, está prevista para ocorrer a partir do dia 8 de fevereiro.
“A fase 1, que é essa que começa no dia 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo é a fase de imunização que será destinada aos profissionais de saúde, todos eles, e pessoas com mais de 60 anos. A escolha do público-alvo para essa fase 1, levando em consideração a incidência de óbitos de coronavírus no estado de São Paulo”, afirmou o governador João Doria em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul da cidade.
Segundo o governo, 9 milhões de pessoas serão vacinadas na primeira fase da campanha.
“O público-alvo da primeira fase da vacinação são as pessoas com 60 anos ou mais que correspondem a 7,5 milhões de pessoas, trabalhadores de saúde, como o governador já citou, que são os nossos grandes agentes na linha de frente salvando vidas, quilombolas, indígenas, que são 1,5 milhões de pessoas e a prioridade são os trabalhadores de saúde, num total de 9 milhões de pessoas”, disse Regiane de Paula, coordenadora do controle de doenças da Secretaria Estadual da Saúde.
Durante a coletiva, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, o estado tem a quantidade necessária de insumos para garantir que o programa ocorra no prazo previsto.
“Nós iniciaremos a campanha vacinal agora no 25 de janeiro e temos, sim, esses insumos, agulhas e seringas para vacinar esse público. Dessa maneira, não será necessário fazer aquisições, aguardo de licitações, porque nós já disponibilizamos em nosso estoque desses materiais”, afirmou o secretário.
Cronograma do programa estadual de vacinação:
Segundo o governo, o estado já possui 5,2 mil postos de vacinação nos 645 municípios paulistas. O objetivo é ampliar o total para até 10 mil pontos de vacinação, com a possível utilização de escolas, quartéis da PM, estações de trem e terminais de ônibus, farmácias e sistemas drive-trhu. O custo estimado da logística do programa é de R$ 100 milhões
Anvisa:
Para que a vacina comece a ser distribuída é necessário que o Instituto Butantan envie um relatório à Agência e que o órgão aprove o uso do imunizante.
De acordo com o Butantan, a previsão é a de que as informações sejam enviadas até o fim desta semana e que a Anvisa decida se a CoronaVac cumpre, ou não, todos os requisitos para aplicação até a primeira semana de janeiro.
Durante a coletiva, o governo também confirmou que o envase da matéria-prima recebida na última quinta (3) começou a ser feito nesta segunda.