Família evangélica é a primeira a receber autorização para cultivo de maconha medicinal

 

Uma família evangélica é a primeira a receber, por meio da Defensoria Pública de Mogi das Cruzes, um salvo-conduto para o cultivo da maconha medicinal. O documento, que reconhece o plantio como não-criminal, também permite que Andreia Rodrigues e o marido Djovaldo Rodrigues produzam o óleo de canabidiol (CDB) em casa para o tratamento das filhas.

As gêmeas Isabella e Isadora, de 8 anos, têm diagnósticos de autismo, paralisia cerebral e epilepsia. Antes do uso do fitoterápico, uma das meninas chegava a ter 50 convulsões por dia. Hoje, com quase dois anos de tratamento, elas não sofrem mais com as crises e tiveram avanço no desenvolvimento motor e cognitivo.

Na decisão, o Juiz Tiago Ducatti Lino Machado, da 3ª Vara Criminal de Mogi das Cruzes, determina “às autoridades de Segurança Pública Estaduais, Municipal e Federal e seus subordinados que se abstenham de prender, conduzir ou indiciar a paciente pela conduta de semear, cultivar e fazer a colheita de sementes, plantas ou óleos extraídos de cannabis, e de apreender tais sementes, plantas e óleos”.

Além de facilitar o tratamento, a medida também traz um alívio para o bolso da família. Eles chegaram a obter a autorização junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importação do produto. No entanto, em razão do alto custo, tornou-se impossível a manutenção do tratamento – cada frasco custa cerca de R$ 1 mil, sendo que mensalmente as crianças necessitam de três.

Via g1.com

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