O governo de São Paulo decidiu manter a previsão de volta às aulas presenciais no estado para o dia 7 de outubro para toda a rede de ensino, da educação infantil ao ensino superior nas redes públicas e privadas, desde que os prefeitos liberem o retorno das atividades.
Especificamente para rede estadual, que tem cerca de 5 mil escolas, a gestão João Doria (PSDB) decidiu nesta sexta-feira (18) que apenas alunos do ensino médio e de Educação de Jovens e Adultos (EJA) devem voltar em 7 de outubro. A volta dos estudantes do ensino fundamental da rede estadual só deve acontecer em 3 de novembro. As demais redes podem definir quais séries vão priorizar.
“O plano de volta às aulas em 7 de outubro para escolas estaduais, municipais e particulares está mantido. Evidentemente vamos respeitar a autonomia de prefeitos para a abertura em suas cidades. A rede estadual manteve a volta no ensino médio e da EJA. No ensino fundamental, a volta está programada para 3 de novembro. A decisão de começar pelo ensino médio é que essas etapas são as mais afetadas pela evasão escolar, que prejudica especialmente os estudantes mais pobres”, disse Doria nesta sexta-feira.
Prefeitos têm autonomia
O governo estadual define as regras para a liberação das atividades escolares, mas os prefeitos têm autonomia para adotar medidas mais restritivas. Na cidade de São Paulo, por exemplo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) já decidiu liberar apenas o ensino superior para o retorno das aulas presenciais em outubro.
O secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, destacou que a priorização do ensino médio é uma estratégia da rede estadual de ensino, mas que as escolas particulares e as redes municipais podem voltar do ensino infantil ao superior, desde que com autorização dos prefeitos.
“O plano apresentado pelo governo do estado não está alterado. Pelo governo, por estarmos há 28 dias no amarelo [do plano de flexibilização da economia], está autorizado a partir do dia 7 de outubro tanto da educação infantil até o ensino superior tudo que foi apresentado. Desde que se respeite a autoridade municipal. Se o município autorizar no âmbito de seu território atividades de volta às aulas, a privada poderá fazer. A segunda parte da apresentação é exclusivamente da estratégia da rede estadual de educação, que é uma autorização para o ensino médio”, disse.