Uma mulher grávida de 24 anos foi encontrada morta na manhã desta quarta (21), em um terreno na cidade de Mogi-Guaçu (SP), perto de uma área conhecida como Monte Canaã. Ela estava com a região genital mutilada e o ventre aberto, com as vísceras expostas. Segundo a Polícia Civil, as linhas deste início de investigação incluem apurar se algum homem com quem ela se relacionou pode ser autor do crime ou se ela foi alvo de algum tipo de ritual.
Horrana Karolin foi achada morta por um morador do bairro Jardim Canaã, que acionou por telefone a Guarda Municipal da cidade. A corporação esteve no local na manhã de ontem e fez a guarda do corpo até a chegada do IML (Instituto Médico Legal).
O shorts que a jovem usava estava jogado ao lado do corpo, assim como um par de chinelos. Ela estava vestida apenas com uma camiseta quando os policiais chegaram. Segundo a polícia, a jovem foi vista por moradores do bairro caminhando nas proximidades do Monte Canaã na noite do crime.
Um agente da Delegacia de Investigações Criminais (DIG) informou que, pela brutalidade do crime, não se descarta a hipótese de realização de um “ritual macabro” em que Horrana teria sido “sacrificada”. Outra suposição é de que o crime possa ter sido cometido por um companheiro ou namorado da jovem.
“Ela conheceu uma turminha meio barra pesada”, contou à reportagem uma amiga, que pediu para não ser identificada. “Cheguei até a me afastar um pouco dela por causa disso. Mas não sei o que aconteceu. Ela era muito legal, não tinha tempo feio. Todo mundo gostava dela”.
A vítima tinha três filhos. O ex-companheiro dela e pai das crianças, não identificado pela polícia, foi quem reconheceu o corpo. A área onde a jovem foi encontrada é conhecida como Portal dos Lagos, situada entre os bairros de Jardim Canaã, Jardim Eldorado e Lagoa Azul. Segundo a prefeitura da cidade, os terrenos vazios situados entre esses bairros são todos de propriedade particular.
O local, que fica numa região periférica da cidade, é rodeado por igrejas evangélicas de várias denominações, que utilizam um espaço arborizado nesses terrenos para a prática de cultos e vigílias ao ar livre. Há até uma área onde os religiosos instalaram bancos para as pessoas se sentarem.
“O que se sabe é que naquela área são feitos muitos cultos, muita gente procura aquele lugar para fazer orações”, explicou o agente da DIG. O delegado responsável pelo caso, Dalton David Ferreira, solicitou exames periciais no local onde o corpo foi encontrado.
Também foi solicitado exame necroscópico do corpo de Horrana, para examinar os ferimentos. “Daí será possível descobrir que tipo de ferramenta foi usada para desviscerar o corpo da vítima, se ela foi morta antes disso, entre outros detalhes”, disse o policial.
UOL/FOLHAPRESS