A segunda onda do Coronavírus tem sido mais agressiva do que a primeira, no País. O Brasil passou os Estados Unidos na média móvel de mortes em um único dia e, em Jundiaí estão acabando os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais privados. De acordo com o boletim epidemiológico da Prefeitura desta terça-feira (16), a cidade atingiu 95% de ocupação. A qualquer momento pacientes podem ficar sem atendimento. Nos leitos de hospitais públicos ainda há uma pequena margem, com 87% de ocupação. Em Campinas, a Prefeitura convocou os prefeitos das cidades próximas para propor que seja decretado um lockdown regional ainda nesta semana.
Segundo uma enfermeira de hospital privado que não pode se identificar, todas as equipes de funcionários de UTIs estão exaustas, chegam a passar mal em ver tantas mortes ou tantos pacientes sendo internados.
Ela conta que o emocional é “desesperador” e “não é para qualquer um. As pessoas do lado de fora dos hospitais não acreditam nesse vírus mortal”, disse.
As funcionárias de um hospital privado chegaram a registrar algumas fotos de companheiras nesse desespero, no limite da emoção, mas a direção não permitiu a divulgação.
“A gente queria que as pessoas do lado de fora soubessem o que estamos passando” (a imagem da matéria é de hospital dos Estados Unidos, mas representa bem o que a enfermeira quis expressar. e que vem ocorrendo na cidade).
“Os profissionais da linha de frente estão exausto, e se as pessoas não tomarem ciência da gravidade de tudo isso irá ficar muito pior”, disse outra profissional.
A alternativa para os hospitais privados ao atingirem o limite da capacidade das UTIs será se socorrerem do Sistema Único de Saúde (SUS), buscando vagas nas unidades de hospitais como o São Vicente e Regional, que o vice-governador Rodrigo Garcia autorizou a abertura de mais leitos na semana passada. Mas também estão acabando.
Fonte: JR