Hospital São Vicente realiza captação de múltiplos órgãos e reforça importância da doação

Nesta quinta-feira (21), um gesto de solidariedade deu nova chance de vida a pessoas que aguardam na fila por um transplante. O Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV) realizou a captação de órgãos de um paciente de 30 anos, após a autorização da família, que transformou a dor da perda em esperança para outros. Foram captados coração, pulmão, fígado, rins e córneas. O coração e o pulmão seguiram para o InCor, em São Paulo; os rins foram destinados à Unicamp, em Campinas; e as córneas encaminhadas ao Banco de Olhos de Sorocaba (BOS). Cada órgão agora representa a possibilidade de recomeço para pacientes que esperam por esse gesto para continuar vivendo.

O processo foi conduzido pela Comissão Intra-Hospitalar de Transplantes (CIHT) do HSV, equipe multiprofissional responsável por todo o acompanhamento da família e pela logística que garante que os órgãos cheguem em tempo hábil e em condições ideais para os transplantes. O grupo é formado por profissionais de psicologia, serviço social, fisioterapia, enfermagem e equipe médica.

Reconhecido como referência em captação de órgãos em todo o Estado de São Paulo, o Hospital reforça a importância do diálogo sobre o tema. Ainda que o desejo de ser doador seja manifestado em vida, a decisão final sempre cabe à família. Por isso, conversar sobre esse assunto é fundamental para que, em um momento de dor, a vontade do paciente seja respeitada e a decisão se torne menos difícil.

“A doação de órgãos é o maior ato de amor à vida. Ela ressignifica o sentido da morte, transformando despedidas em esperança para quase 70 mil pessoas que hoje aguardam por um transplante, segundo dados do Ministério da Saúde. Quando uma família diz ‘sim’, como aconteceu nesta semana no Hospital São Vicente, ela não apenas permite que a vida continue em outros corpos, mas também inspira admiração e solidariedade. É por isso que conversar sobre o desejo de ser doador é tão importante. Quando esse diálogo acontece em vida, a decisão no momento da perda se torna mais clara e menos dolorosa. A vida pode continuar se cada um de nós compartilhar com os familiares essa vontade de doar e gerar esperança para quem tanto espera”, estimula a enfermeira líder da Comissão Intra-Hospitalar de Transplantes (CIHT), Raíssa Fileli.

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