A história de superação do pequeno Miguel começou antes mesmo do nascimento. Quando ainda estava no útero de sua mãe, foi diagnosticado com mielomeningocele, uma malformação congênita da coluna vertebral, mais conhecida como “espinha bífida”.
O diagnóstico pegou a família de surpresa e a partir de então o relógio começou a correr, Miguel precisaria passar por uma cirurgia intrauterina, ou seja, o procedimento seria realizado com o bebê ainda dentro da barriga da mãe.
Depois de uma luta cansativa para conseguir uma liminar da justiça, a cirurgia foi feita em abril de 2019 e foi um sucesso. No dia 6 de junho, Miguel nasceu, mas teve que ficar 54 dias na UTI neonatal antes de poder, finalmente, ir para casa.
Além dos custos com medicamento, a família também precisa pagar os acompanhamentos multidisciplinares e todos os médicos particulares que o seguro saúde não cobre, como neurocirurgião, urologista e ortopedista.
No dia 13 de agosto, Miguel precisou passar por outra cirurgia, conhecida como cirurgia da válvula, para tratar a hidrocefalia, uma condição que pode ser causada pela mielomeningocele. Neste procedimento, o seguro saúde cobriu a cirurgia mas não cobriu os honorários da equipe médica.
Agora, a família ficou sabendo que Miguel precisará passar por outra intervenção médica, chamada vesicostomia, um procedimento preventivo para não causar problemas renais futuros. A cirurgia foi marcada para o dia 1º de setembro mas, novamente, o seguro cobrirá os custos hospitalares e não a equipe médica.
Além disso, o plano de saúde da cirurgia intrauterina, realizada em 2019, recorreu à liminar e quer que a família pague pelo procedimento.
Redação Tribuna de Jundiaí