Entre a entrega de uma marmita e outra, um motoboy resolveu inovar e oferecer um produto praticamente inexistente na maioria dos cardápios de restaurantes ou comércios de alimentos.
No baú de sua moto, ele também passou a transportar entorpecentes, em um verdadeiro esquema de “disque-drogas”. Tudo para o conforto do “cliente”, que recebia em domicílio até mesmo drogas mais potentes, como o haxixe, com poder alucinógeno cerca de 60% maior que a maconha, de quem é derivado.
O serviço, prático ao consumidor, mas sabidamente proibido pela lei, foi interrompido após ser descoberto por policiais militares durante operação “Força Total”.
De acordo com a PM, o motoboy agiu de maneira suspeita ao perceber uma viatura de Força Tática. Neste momento, entrou em um posto de combustíveis na avenida João Antonio Meccatti, no Jardim Planalto, tentando evitar uma possível abordagem.
Aparentemente, tratava-se de um entregador comum, em uma moto e com sua mochila térmica nas costas. No entanto, os policiais decidiram revista-lo e, sem imaginar, encontraram no compartimento não alimentos, mas sim uma porção de aproximadamente 100 gramas de haxixe.
O entregador resolveu confessar que, além de marmitas, fazia entrega de drogas para alguns de seus contatos. Para tanto, recebia o pedido do “cliente” e providenciava a compra e a entrega da “mercadoria”, que poderia ser de vários tipos.
No caso do haxixe, disse que o adquiriu na Vila Comercial, mas não informou de quem. Também resolveu não expor o “cliente”, dizendo apenas que, pelo serviço, receberia R$ 100.
Para complicar ainda mais a vida do entregar, foi descoberto que contra ele havia um mandado de prisão decretado pela Justiça em processo criminal de furto. Ele precisou ser algemado, pois “demonstrou forte descontrole emocional” ao saber que seria detido, segundo a PM.
No Plantão Policial de Jundiaí, para onde foi levado pela PM, foi elaborado um auto de prisão em flagrante por tráfico de drogas, além de um boletim de ocorrência de captura de procurado.
A moto, a mochila e o entorpecente foram apreendidos, enquanto o acusado foi recolhido em uma cela do Centro de Triagem para aguardar audiência de custódia. Caso condenado, ele pode pegar uma pena de até 15 anos de reclusão.
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