Mulher teve parada cardiorrespiratória após fazer progressiva no cabelo

A moradora de Cascavel, no oeste do Paraná, Magali Rosa dos Santos, que teve uma parada cardiorrespiratória e foi parar na UTI (Unidade de Terapia Intensiava) após fazer uma escova progressiva no cabelo supostamente com uso de formol, disse que está psicologicamente abalada com a situação.

O formol é uma substância altamente tóxica e proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Tô sentindo fraca, com falta de ar, dor de cabeça, e estou bem debilitada e não consigo dormir porque eu tenho medo de dormir. Eu estou psicologicamente bem abalada”, desabafou. O caso aconteceu no domingo (16).

Ela também contou que está tendo quedas diárias de cabelo e que está fazendo tratamento com shampoo anti-resíduos.

Após o procedimento no cabelo, Magali ficou três dias internada na UTI do Hospital do Coração. De acordo com o médico Lisias de Araújo Tomé, a vítima teve uma grave alergia ao produto químico usado no processo de alisamento do cabelo. Após chegar ao hospital, foi entubada imediatamente, caso contrário, poderia ter morrido, segundo o médico.

A Vigilância Sanitária informou que fará inspeção para verificar se salão usou formol durante alisamento. Magali afirmou que a cabeleireira usou a substância tóxica para fazer a progressiva.

Na terça-feira (25), Magali contou que registrou um boletim de ocorrência sobre o caso e que também vai fazer uma reclamação ao Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PR).

Vítima disse que não foi avisada sobre o formol

O perigo do uso inadequado da substância tóxica

O uso indevido de formol em alisantes de cabelo pode causar diversos males à saúde como irritação, coceira, queimadura, inchaço, descamação e vermelhidão do couro cabeludo, queda do cabelo, ardência dos olhos e lacrimejamento, falta de ar, tosse, dor de cabeça, ardência e coceira no nariz.

O médico Lisias de Araújo Tomé, que atendeu Magali, disse que o produto é tão forte que é usado para preservar cadáveres nos tanques de universidades para que alunos possam estudar neles.

“Ele provoca queimaduras, provoca reações químicas, de grande intensidade, muitas vezes, faz uma lesão tão grande no couro cabeludo, que as pessoas ficam calvas, nunca mais nasce cabelo naquela região que aplicou o formol. Pode haver um óbito por situações gravíssimas de intoxicação por formol, tanto pela inalação como contato químico”, explicou o médico.

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