O dia 26 de abril foi escolhido para ser a data oficial da Prevenção e Combate Nacional à Hipertensão Arterial, a chamada pressão alta. O problema de saúde é muito comum em adultos e pessoas da terceira idade, mas também afeta uma pequena parcela de crianças e adolescentes.
Na infância, a pressão alta pode estar ligada a casos de obesidade e sobrepeso. Especialistas, como o médico Miguel Liberato, recomendam que maiores de 3 anos de idade tenham a pressão arterial aferida pelo menos uma vez ao ano. Ele explicou que a doença, nessa fase da vida, pode ser silenciosa e não apresentar sintomas. Os que apresentam sinais de hipertensão podem sofrer com cefaleia, irritabilidade e problemas para dormir.
– A obesidade infantil está crescendo cada vez mais em todo o mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) já nos revelam que o número de crianças e adolescentes obesos aumentou drasticamente na última década, com projeções alarmantes para o futuro próximo – afirmou.
Justamente por ser pouco falada, a pressão alta na infância e adolescência precisa de atenção, pois estudos indicam que até 2035, metade dos indivíduos nessa faixa etária vão estar com sobrepeso. Ou seja, em pouco mais de dez anos, o Brasil vai estar entre os países que mais possuem menores de idade com obesidade.
– O impacto a longo prazo é preocupante, já que a obesidade na infância tem alta probabilidade de persistir na vida adulta, aumentando o risco de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemia, síndrome metabólica e certos tipos de câncer – esclareceu o médico Miguel Liberato.
Entre os métodos que pais e responsáveis podem usar para não deixar que seus filhos entrem para a estatística, estão a prática constante de exercícios físicos, alimentação saudável, diminuição no tempo de tela e rotina de sono.
Outro fator que, segundo o especialista, é essencial para um início de infância mais saudável, é o aleitamento materno até o sexto mês de vida, pelo menos.
Fonte: pleno.news