Partido “União Brasil” de Gustavo Martinelli abre guerra contra a igreja Católica.

O vereador da Capital, Rubinho Nunes (União Brasil), entrou com pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis irregularidades em recursos destinados pela Prefeitura da Capital para ONGs ligadas à igreja Católica. O autor do pedido, vereador Rubinho Nunes, afirmou que o padre é um dos principais alvos, de quem é um crítico.

Em Jundiaí o líder do partido é Gustavo Martinelli, que sempre esteve ligado às questões da igreja católica.

O padre Júlio Lancellotti é coordenador da Pastoral do Povo de Rua em São Paulo l.

Em razão dessa CPI, a Arquidiocese de SP — órgão máximo da Igreja Católica Romana do Estado — divulgou, na quinta-feira (04), nota de repúdio se dizendo perplexa pelo pedido de investigação contra um membro da igreja que dedica sua vida à tarefa da caridade.

A Arquidiocese de São Paulo afirma que acompanha “com perplexidade” a possível abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara Municipal de São Paulo com o padre Júlio Lancellotti como alvo.

Como mostrou a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, a CPI das ONGs foi protocolei vereador Rubinho Nunes (União Brasil) com apoio de 24 colegas e deve ser instalada em fevereiro, na volta do recesso do Legislativo paulistano.

“Na qualidade de Vigário Episcopal para a Pastoral do Povo da Rua, Padre Júlio exerce o importante trabalho de coordenação, articulação e animação dos vários serviços pastorais voltados ao atendimento, acolhida e cuidado das pessoas em situação de rua na cidade”, afirma nota da assessoria de comunicação do órgão da Igreja Católica.

“Reiteramos a importância de que, em nome da igreja, continuem a ser realizadas as obras de misericórdia junto aos mais pobres e sofredores da sociedade” conclui o texto.

A CPI tem como objetivo o trabalho das ONGs que atuam no centro de São Paulo, em especialmente na região da Cracolândia.

Nas redes sociais e em entrevistas, no entanto, o vereador Rubinho Nunes deixa claro que o principal alvo é o padre, de quem é um crítico.

Tanto é assim que a escolha das duas entidades que estarão no escopo da CPI, Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecida como Bompar, o coletivo Craco Resiste, seriam as mais próximas da atuação do padre, na leitura do vereador.

A primeira é uma entidade filantrópica ligada à igreja católica da qual o padre Júlio foi conselheiro, mas hoje não é mais. A segunda atua contra a violência policial na região da Cracolândia.

O padre afirma à coluna que não faz parte de nenhuma ONG e não tem qualquer envolvimento com projetos que envolvam dinheiro público, e que, por isso, não vê sentido em ser investigado.

“Se eu for chamado a falar, de que ONG vão falar que eu sou? Ou, me convocarem, estarão convocando a Arquidiocese de São Paulo. A minha ação é da arquidiocese, que não é ONG e não é conveniada com a prefeitura. Não vão encontrar dinheiro público em nenhuma das ações”, afirma.

“O que a Câmara pode fazer e fiscalizar dinheiro público. Não existe CPI para fiscalizar a igreja”, acrescenta.

Via Jornal da Região, com texto da Folhaopress / Fábio Zanini

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