Políciais militares, civis e bombeiros anunciaram greve a partir desta terça-feira (22).

 

O anúncio foi feito pela Aspra-MG (Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais) e pelo Sindpol (Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais), nesta segunda-feira (21), após protesto da categoria.

As instituições afirmam que os agentes vão cumprir a escala mínima de 30% do efetivo em campo. Eles prometem manter a paralisação até que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), envie à ALMG (Assembleia Legislativa Estadual) o projeto de recomposição salarial.

A Aspra-MG calcula que 15 mil dos 40 mil policiais militares do estado devem aderir ao movimento. A instituição estima que quase 30 mil agentes, de todas as instituições das forças de segurança, participaram do protesto realizado nesta manhã em Belo Horizonte. Entre eles há funcionários vindos do interior.

Os trabalhadores cobram duas atualizações de 12% que foram prometidas pelo governo para os anos de 2021 e 2022, mas que não ocorreram. Segundo a Aspra, o estado sugeriu substituir os ajustes por uma atualização de 10% para todos os servidores, caso seja aprovada a adesão ao RRF (Regime de Recuperação Fiscal).

O presidente da Aspra diz que os agentes temem perdas salariais com o programa. “O policial militar, a cada cinco anos, adquire um percentual de 10% do chamado quinquênio. Se houver a adesão ao regime, nós teríamos que ficar nove anos sem esse percentual e ainda não teríamos as promoções recorrentes que o policial teria ao longo da carreira. Então teríamos, ao longo desse período, um prejuízo de 38,5%”, afirma o sargento.

Resposta

Procurado, o Governo de Minas informou que “confia que os integrantes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil e da Polícia Penal não deixarão os mineiros sem a prestação de serviços essenciais para a garantia da ordem e segurança da sociedade”.

“O Governo de Minas reforça que reconhece a necessidade de reposição salarial dos servidores das Forças de Segurança e das demais categorias do funcionalismo estadual. O estado se mantém aberto ao diálogo e em busca de uma solução que garanta os recursos necessários para implementação do reajuste, mas com responsabilidade e previsibilidade fiscal”, destacou o governo.

“Reafirmamos que a renegociação da dívida bilionária com a União, por meio do plano de recuperação fiscal, permitirá uma nova recomposição dos salários dos profissionais de segurança, mas continuamos em busca de outras alternativas para conseguir fazer a reposição das perdas inflacionárias”, completou.

Via R7.com

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