O ‘caso Cecília’ está tomando conta do noticiário argentino nos últimos dias. O crime em que uma mulher foi assassinada agora ganhou um novo desfecho inesperado.
César Sena, acusado de assassinar sua esposa, Cecilia Strzyzowski, adotou a identidade de uma “mulher trans” como estratégia para evitar a condenação por feminicídio na Argentina. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (05), pelo Todo Noticias, um dos principais canais de televisão por assinatura do país.
Além de se declarar como “mulher trans”, Sena solicitou sua transferência para uma prisão feminina. Segundo o TN, ele busca evitar ser enquadrado na categoria de feminicídio, que acarreta a pena máxima de prisão perpétua.
Cecilia Strzyzowski, de 28 anos, desapareceu em 2 de junho e foi vista pela última vez na cidade de Resistencia, capital da província de Chaco, na Argentina. As investigações apontam a participação de sete pessoas no crime, todas elas detidas preventivamente.
Gloria Romero, mãe de Cecília, afirmou que a alegação de “transgeneridade” por parte de César Sena é uma tática. Em um vídeo compartilhado em suas redes sociais, ela declarou que “a maioria dos estupradores e feminicidas fazem isso”, acrescentando que “ser vítima é um comportamento natural para esse tipo de pessoa” e que eles são “psicopatas e covardes”.
Além de Sena, que era esposo de Cecilia, seus pais, os caseiros de uma fazenda, o motorista da família e a esposa do motorista também estão detidos. De acordo com os promotores, César e seus pais planejaram o assassinato de Cecilia, alegando que ela viajaria com César para a cidade de Ushuaia, onde teriam uma casa e três empregos, segundo o Buenos Aires Herald.