São Paulo confirma 1º caso de contaminação por superfungo

Candida auris é um fungo resistente a medicamentos responsável por infecções hospitalares que se tornou um dos mais temidos do mundo | Foto: Foto: Reprodução

O Estado de São Paulo confirmou na quarta-feira 7, o primeiro caso de contaminação pelo superfungo Candida auris.

A doença, registrada em 18 de maio, foi diagnosticada em um bebê prematuro que está internado no Hospital da Mulher da Universidade de Campinas (Unicamp), no interior paulista.

Em nota, o hospital informou que o bebê infectado apresenta boa evolução clínica, e que algumas das fragilidades encontradas no seu estado de saúde estão relacionadas ao fato de a criança ter nascido de forma prematura.

O hospital afirmou também que, até o momento, a contaminação pelo Candida auris não atingiu outros pacientes do hospital, e que continua monitorando outros internados para se certificar de que não há mais infecções pelo superfungo na unidade.

Foi adotada, de acordo com o hospital da Unicamp, a metodologia de precaução de contato para as crianças que foram atendidas por médicos que tiveram contato o caso-fonte.

A Secretaria de Saúde do Estado informou que o hospital implementou “todas as medidas de prevenção e controle” sobre a doença, e que a Vigilância Sanitária monitora as estratégias adotadas pela unidade. Ainda segundo a pasta, o hospital está liberado para fazer partos e atendimentos a pacientes.

Anvisa emitiu alerta
Em 2020, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária emitiu o primeiro alerta sobre a investigação em curso do possível primeiro caso positivo no país de Candida auris, superfungo resistente a medicamentos responsável por infecções hospitalares que se tornou um dos mais temidos do mundo.

O fungo foi detectado no cateter de um paciente internado em um hospital privado de Salvador, capital baiana. Realizaram-se duas contraprovas, uma delas no Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia e a outra na Universidade de São Paulo tendo sido obtido resultado positivo em ambas as ocasiões.

De acordo com o alerta emitido na época, o fungo apresenta resistência a vários medicamentos antifúngicos comumente utilizados para tratar infecções por Candida. Ele pode provocar infecção na corrente sanguínea e outras infecções invasivas, sendo fatal, sobretudo, em pacientes com comorbidades. Também há uma propensão a causar surtos, em decorrência da dificuldade de identificação oportuna pelos métodos laboratoriais rotineiros e de sua eliminação do ambiente contaminado.

Fonte: Revista Oeste

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