Na última semana o Presidente da Câmara de Várzea Paulista, Mauro Aparecido (PRB) e o Vereador Dr. Eliseu (PV), fizeram uma moção de apelo ao presidente Bolsonaro (sem partido).
Os vereadores pedem a implantação de uma Escola Cívico-Militar no município de Várzea Paulista, uma vez que o presidente tem o desejo de realizar a implantação desse modelo de ensino em todo o país
Na justificativa, os vereadores alegam que;
“Que esse modelo escolar zela pela integridade dos estudantes, promovendo condições que permitam um ambiente adequado de estudo, além da diminuição dos casos de violência não somente nas escolas como em todo o município.”
Mas como funciona uma escola Cívico-Militar?
As escolas cívico-militares são uma mescla entre a escola tradicional e a escola militar. Na primeira, a gestão é feita por pedagogos e por outros profissionais da área de Educação, já na segunda, a gestão fica sob a responsabilidade apenas dos militares.
No modelo da escola cívico-militar, a gestão é compartilhada entre a Secretaria de Educação e a de Segurança Pública, de modo que a gestão pedagógica fica sob a responsabilidade de pedagogos e profissionais de Educação, enquanto a gestão administrativa e de conduta ficam com os militares ou profissionais da área de segurança.
O matemático e educador Marcos Pollo, diretor de uma empresa que desenvolve tecnologias de ensino e aprendizado, a Viamaker Education, afirma que esse modelo de gestão costuma ser bem avaliado pelos pais porque eles acreditam que o filho está em um ambiente seguro e disciplinado.
Marcos, no entanto, chama atenção para o papel da escola na formação de indivíduos. Segundo o educador, é importante que a escola do século XXI prepare um aluno autônomo na construção do próprio conhecimento e, segundo ele, a robótica é um exemplo de disciplina que prepara o aluno para esse novo contexto.
“É uma experiência de aula onde o aluno tem autonomia para construir o próprio conhecimento. Na robótica, ele é o protagonista, pois tem que respeitar o tempo, as funções dos alunos da equipe e saber como utilizar a habilidade”, explica Marcos.
A capacidade do aluno em aplicar os conhecimentos em seu dia a dia é uma das diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que também prevê o desenvolvimento de habilidades socioemocionais no ambiente escolar.
As escolas cívico-militares são todas iguais?
Não. O modelo ainda está em fase de implementação, mas já existem mais de 50 unidades no país, existindo diferenças entre elas, principalmente em relação ao modelo de gestão.