O preço da cesta básica entre julho e agosto aumentou em 13 das 17 capitais pesquisadas pelo DIEESE. Em São Paulo, única capital onde foi realizada coleta presencial, a cesta custou R$ 539,95, com alta de 2,90% na comparação com o mês anterior. Desde janeiro, o aumento no preço do conjunto de alimentos no Brasil foi de 6,60%. Já nos 12 últimos meses, a alta soma 12,15%. Com base na cesta mais cara, que, em agosto, foi a de SP, o DIEESE estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 4.536,12, o que corresponde a 4,34 vezes o mínimo vigente de R$ 1.045,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (alterado para 7,5% a partir de março de 2020, com a Reforma da Previdência), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em agosto, na média, 48,85% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em julho, o percentual foi de 48,26%.