A progressão para a fase amarela há um mês com maior flexibilização para a reabertura do comércio na região de Jundiaí promoveu uma maior circulação de pessoas nas ruas e a percepção de um retorno à normalidade anterior à quarentena decretada em março, com muitas pessoas descumprindo o uso obrigatório de máscaras em espaços públicos e o desrespeito ao distanciamento social com aglomerações.
A recente diminuição do número de óbitos contribui para a impressão precipitada de uma melhoria pela população que provavelmente está desatenta ao diagnóstico de novos casos, após um período de queda em várias regiões do país. Precisamos esperar algumas semanas para saber se haverá impacto desse número crescente em relação aos óbitos. O estado de São Paulo ainda apresenta estabilidade do número de mortes, diferentemente de outros 12 estados que apresentam queda. Houve duas semanas consecutivas de queda do número de novos casos de infecção no país, mas na última semana epidemiológica, oito meses após o início da pandemia, os números apresentaram aumento de mais de 13 mil casos em relação à semana anterior.
Por isso, ainda são necessárias as medidas de prevenção, como o distanciamento social e o uso de máscaras e, principalmente, a lavagem frequente e adequada das mãos e do uso do álcool gel. Ocupamos os primeiros lugares entre os países com maior número de infectados. A expectativa pela vacina precisa ser realista e esta não deverá estar disponível até o início do ano de 2021 e pode não ter os melhores resultados esperados por todos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, ainda conviveremos mais tempo com o coronavírus que causa a covid-19, sendo necessárias mudanças nos hábitos de vida. Somente com a participação e solidariedade de todos poderemos passar por esse período difícil para todo o mundo, lembrando que vivemos em sociedade e a participação de cada um faz a diferença.
Faça a sua parte!
Helena Alves – médica
Supervisora do serviço corona-fone de Várzea Paulista