Na noite desta terça-feira (14), um grupo de moradores foram até a Câmara Municipal de Campo Limpo Paulista, protestar por moradias e contra a reintegração de posse.
Acontece que as famílias adquiriram lotes irregulares através de estelionatários e aproveitadores. Porém, recentemente a justiça determinou uma ação de reintegração de posse da área conhecida como “Loja da China”, uma vez que o local se trata de uma área particular que tem dono.
Agora sem o dinheiro que foi pago e com a determinação da justiça, os moradores terão que sair do local até o dia 20 de Setembro.
O estagiário entrou em contato com a prefeitura, que enviou uma nota:
DGL Urbanismo fará reintegração de posse dia 20
O Ministério Público, através da Promotoria de Justiça, pediu em reunião hoje (terça, 14), com a Prefeitura de Campo Limpo Paulista, auxílio social para a reintegração de posse coercitiva marcada para 20 de setembro, em área particular no Parque Loja da China. A reintegração foi solicitada pela empresa DGL Urbanismo, proprietária do terreno ocupado, em março deste ano, e teve ganho de causa.
Segundo levantamento feito pela empresa, hoje, morariam no local 183 famílias – dessas, 57 em moradias de alvenaria, 91 de madeira, nove estão em construção ou são apenas lotes e, as demais, construídas em madeira, lona e barro. Em 60 delas mora apenas uma pessoa que soube da área particular por conhecidos. Declaram-se moradoras de Campo Limpo Paulista 82 famílias, as demais vieram da região, São Paulo ou mesmo de outros Estados (como Bahia, Pernambuco e Paraná).
A Prefeitura apesar de não ter responsabilidade na ação – pois se trata de uma área particular – , tem buscado orientar os moradores que procuram a administração municipal. Também fez uma reunião prévia com a DGL, na qual a empresa informou que colocará à disposição caminhões e galpão para guarda de móveis, para os que não tiverem outros meios para saírem do local. Entretanto, as famílias estão sendo orientadas a não aguardar pela próxima segunda-feira, buscando abrigo na casa de parentes ou outras moradias.
Apesar dos constantes avisos e das campanhas realizadas pela administração municipal para coibir invasões de terras particulares e lotes irregulares, muitas pessoas continuam acreditando em golpistas e investindo suas reservas em algo do qual não terão a propriedade.