A tal da beleza, principalmente a feminina, sempre causa polêmica. Como meninas, vemos as maquiagens das nossas mães, seus saltos altos, e, é lógico, vamos querer usá-los!
Mais tarde, como mães, vamos nos divertir com nossas meninas fazendo o mesmo que nós, mas também vamos no preocupar se elas derem valor demais à aparência. Até porque, sentimos na pele o quanto sempre, sempre, a cobrança por estar aparentemente bem é muito mais pesada sobre as mulheres, e nunca, nunca, estamos totalmente satisfeitas com o que vemos no espelho.
Não sabemos com certeza porque a sociedade se preocupa tanto com a aparência feminina. Se considerarmos a história da literatura, e a óbvia supremacia masculina heterossexual entre os autores, fica evidente que o falar e o escrever sobre beleza destaque o ideal perfeito de mulher.
E isso se perpetuou, logicamente, pelas revistas de beleza, nos números de cirurgias plásticas, na invenção dos cosméticos, e atualmente, na ‘evolução humanitária’ que é o Instagram e seus filtros milagrosos.
Falando de política, gostaria de lançar um desafio. Sobre as aparições de homens eleitos, vocês já leram ou ouviram alguma crítica sobre a roupa, o cabelo, a barba, as olheiras ou o peso dos políticos? E quando se fala das mulheres, será que as eleitas têm o mesmo tratamento compassivo?
Eu não sou contra buscar estar bem fisicamente e aparentemente, aliás, acredito que um mínimo de vaidade é inclusive fundamental para a higiene. Isso sem contar nos efeitos para a autoestima e a confiança pessoal.
No entanto, lamento por aqueles que só apreciam a beleza que sai com demaquilante.
Que hoje você possa dizer para uma mulher o quanto ela é naturalmente bonita, só por ser quem é.
Bóra, mulherada!